terça-feira, 27 de maio de 2014

Transição da Desnutrição para Obesidade: UM CASO DE SAÚDE PÚBLICA MUNDIAL


http://noticias.r7.com/saude/morre-mexicano-que-chegou-a-ser-o-homem-mais-obeso-do-mundo-26052014

Não é brincadeira e não deveria a obesidade ser utilizada como forma de angariar audiência em programas de TV. Quarenta e oito anos é a idade de uma pessoa que faleceu em decorrência dos problemas acometidos pela obesidade mórbida e que no decorrer de sua breve vida foi centro das atenções de um programa sensacionalista de TV exibido no mundo todo. A obesidade é um problema de saúde pública e deveria ser levada mais à sério. Ouvimos falar do dia nacional de combate a HAS, Diabetes, Câncer de Mama e Próstata, mas sobre obesidade pouco se fala, sem contar que a obesidade é um fator importantíssimo de risco para as doenças citadas entre inúmeras outras. Cuidados com a alimentação, físico e psicológico deveriam ser metas de atendimento público primário, evitaria assim leitos abarrotados e mortes muitas vezes prematura. Precisamos parar pra pensar em quem colocar no poder, e pensar quais são as prioridades de um país precário em educação e saúde e quais os políticos tem realmente condições de colocar em prática seu plano de governo e sob que condições. Até o momento para as eleições de 2014 não vejo luz no fim do túnel, nenhum candidato até o momento, merece ou está apto, no meu ponto de vista a governar esse país e trabalhar para melhorias pontuais na questão da saúde e da educação. Há muito que se falar sobre obesidade, desnutrição, alimentos e saúde pública, mas não vou me prolongar (não dessa vez), estou tocada, ou melhor chocada com o desprezo desse assunto tão importante.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

SOS Educação

Este era pra ser um canal de divulgação  sobre o mundo da nutrição, troca de informações úteis, dicas de entretenimento, enfim um modo de conectar "meu mundo" (não que ele tenha tanta importância assim...) com resto do planeta.  Acontece que fiquei e aliás vivo indignada com tanta coisa errada que temos que engolir, aceitar e fazer cara de paisagem. Eu não aguento mais tanta desordem,  injustiça, corrupção, violência, falta de solidariedade e compaixão. Tanta coisa errada para se consertar. Tanta coisa por fazer que eu me pergunto: o que será das gerações futuras? Temo as respostas que me vem à cabeça, então vou "viajar na maionese".
Por onde começar a "arrumar a bagunça"?
Começo por mim. Começo reclamando. Começo protestando. Começo exigindo meus direitos. Começo lutando por fazer valer as leis. Começo com meu voto.
Valendo-se do princípio que toda ação é um começo, começo assumindo meu lado "briguento". Brigo pela vaga reservada para idosos descaradamente usada por adultos jovens como eu. Estaciono de forma regular; exijo que façam o mesmo, neste caso meu lado briguento aciona o guarda mais próximo para aplicar a multa; brigo hoje pois daqui a alguns anos quando for levar meus netos para passear no shopping quero ter o direito constitucional de usá-la.
Poderia pontuar uma série de coisas pelas quais eu brigo, coisas que para alguns não fazem o menor sentido, mas deveriam. Dirão: pra que perder tempo "brigando" se neste país tudo acaba em  "pizza" como é dito popularmente, mas nesse momento me atenho a um fato pontual. Estou no 9º período do curso de nutrição e depois de passar 9 semestres pagando em dia minha mensalidade, me sinto no direito de ter as aulas e que essas aulas tenham qualidade. É simplesmente revoltante sair do trabalho, e ao invés de ir para casa ficar com a família, ir para a faculdade e ter em sala um professor que só faz leitura de livro, aplica resumos e mais resumos de artigos para justificar "a aula", faz da sala sua sessão de psicanálise onde relata toda sua vida enquanto passa o tempo e o horário de aula  e quando há alguma dúvida esse professor não sabe explicar, não que ele tenha que ter a resposta na ponta da língua, mas que deveria mostrar interesse em esclarecer a dúvida ao invés de discorrer sobre como deveríamos, nós alunos, aceitar tal condição, afinal o professor já passou pelo mesmo. Não bastasse, quando a queixa sobre as "aulas" é levada à ouvidoria, depois de ter passado pela coordenação do curso, essa se faz de surda e cega, não dando a importância que o assunto merece e ainda coagindo o aluno que se manifesta.
Penso de forma coletiva, portanto se algum dia houver a necessidade de lecionar, vou usar de todos artifícios possíveis para que meus alunos tenham interesse pelo aprendizado, que se apaixonem pelo conhecimento. Reprodução negativa não forma boas relações humanas e consequentemente não forma bons cidadãos.
Sinto em dizer mas a qualidade do ensino superior atualmente deveria ser mais fiscalizada. Sabe-se que hoje há muita facilidade em receber um certificado de graduação, impera a lei do "pagou levou", por isso para as escolas de ensino superior, quando há queixas, tanta faz perder um aluno ou uma sala inteira, os critérios para adesão de novos alunos são questionáveis; você é avaliado por "vestibular" que nunca que é divulgado o gabarito nem a pontuação e todos os participantes ingressam se puder pagar a matrícula e a mensalidade. Simples assim.
Nessa mesma linha estão alguns professores recém formados (mão de obra mais barata para a escola)que passaram por escolas de ensino superior tão ruins  quanto a que irão lecionar; é cíclico.
Assim, como existem péssimos alunos, o oposto também acontece, professores cada vez menos comprometidos que estão na sala de aula apenas para receber o contra cheque no fim do mês, por não ter conseguir oportunidade melhor.
Tudo isso para explicar que também brigo por um ensino melhor, por minha formação profissional e por aquilo que é justo. Não é justo pagar para não ter aula, seja pela ausência do professor, seja pela aula não dada devido o tempo que o professor perdeu narrando como foi seu dia, ou comparando as instalações e os alunos de uma faculdade com os de outra, ou mesmo porque ele simplesmente não sabe dar aula. Falta bom senso, ética, postura, firmeza, senso de justiça, e entre outras coisas a capacidade de ensinar.
 Na nutrição particularmente, fala-se muito em ética, postura, humanização, mas na prática não é o que se vê na conduta de alguns professores, felizmente uma minoria. Queixas com relação ao salário, participação direta em "fofocas" e assuntos que fogem ao conteúdo das disciplinas, são mais comuns que aulas em si. Enfim semi-deuses incapazes de lidar com críticas construtivas e cada vez mais indiferentes em relação ao ato de transmitir conhecimentos.
Bem, eu "briguei" de modo civilizado, defendi meu direito e de ter tratamento igualitário ( o que também não acontece, há tratamento diferenciado para alunos específicos) de ter aula e respostas e recebi coação e ameaça. Da mesma maneira que devemos respeitar os professores, temos o direito de lutar pela qualidade do ensino, seja público ou privado.
Lá no comecinho do meu texto perguntei por onde começar a "arrumar a bagunça", pois bem, creio porém não sou "Senhora da Razão", que devemos começar pela educação. A capacitação de professores, salários dignos, ambiente de trabalho adequado, espaço físico condizente, ferramentas disponíveis e acesso do aluno são primordiais para que se comece a ordem "na casa".  É urgente a necessidade de voltar os olhos para a educação em todos os níveis e aplicar efetivamente ações corretivas antes que seja tarde demais.
                                                                                                  Pronto falei

Quem tem medo de mudanças?

"Quem muda pode errar, quem não muda já errou", desconheço o autor(a) da frase, mas é o prefácio do texto que segue.
Como aqui é tudo junto e misturado mesmo, e nem um pouco autêntico, senti uma necessidade quase vital de falar um pouco sobre o medo das mudanças. Eu que vivo uma monotonia arrastada pela falta de coragem (mas esse já é outro assunto) fico aplaudindo secretamente aqueles que se arriscam, quebram a cara, erram, sofrem, acertam, se dão bem, às vezes não, mas estão sempre dispostos a mudanças. Sinto uma agonia imensa de carregar o peso de responsabilidades que sei que não me cabem, e por isso continuar assim; na mesmice, no marasmo, empacada, sem brilho, sem vida, sem energia, num conformismo inconfortável sem fim. Eu que sempre adorei mudar de lugar, de casa, corte de cabelo, móveis, perfume, me sinto despencando num abismo que me leva a lugar nenhum, simplesmente pelo apego no "conforto" da constância. A ideia de discorrer sobre mudanças, partiu de uma conversa com uma amiga que estava aflita porque estava prestes a mudar de um bairro para outro, e então tentei tranquilizá-la dizendo que seria uma oportunidade de ampliar o círculo de amizades, ter olhos para outros lugares e pessoas locais, descobrir o novo, adaptar-se; e pensando negativamente se a adaptação não acontecesse ela poderia mudar novamente, nem que fosse para o mesmo lugar. Parece bobagem, mas há pessoas extremamente aversas ao novo, a inalterabilidade é seu sobrenome. O que se perde com a imutabilidade, pode ser muito maior e melhor  que a estabilidade. Há chances na novo, há prazer na descoberta, sempre vai existir algo a ser explorado quando a mudança se faz necessária e mesmo não sendo uma necessidade, imagina que bacana, poder mudar de emprego e descobrir um talento que nem mesmo você conhecia; mudar de restaurante e desbravar sabores; mudar seu meio de transporte automotivo por uma boa pedalada, mudar de lugar, de ares, de estilo, mudar de vida se sentir vontade, e se o arrependimento bater à porta, mudar novamente, outra vez, e mais uma, e outras tantas. 
Finalizei o assunto com minha amiga, apenas relatando como me sinto em relação à minha condição "estável": a inércia sufoca, encolhe, murcha, paralisa, mata os sonhos, e assim senti a mudança de ânimo quase imediata naquela pessoa há pouco tão abatida com o novo horizonte.